Fica pra próxima

América não consegue tirar pontos do Duque de Caxias no Tribunal.

Sérgio Mello - Jornal dos Sports

E o inferno continua. Numa luta que promete ir até o "terceiro assalto", o Duque de Caxias venceu o primeiro round por unanimidade, o julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Ferj. O América, que entrou no auditório da Federação com a esperança de vencer, vendo o clube da Baixada perder seis pontos, não conseguiu.

O advogado do América, Mauro Pestana Chidid, entrou com um requerimento contra o Duque de Caxias, no dia 21 de janeiro, alegando que o jogador Geovane Monteiro, que entrou no segundo tempo do jogo entre os clubes, estava irregular. No entanto, o advogado caxiense, Cleio Correa, argumentou que Geovane estava regular e o erro foi da Ferj, que o colocou no Boletim Informativo Registro de Atletas (Bira) como atleta do Friburguense, e não do Caxias.

Após as defesas dos advogados, a Comissão Disciplinar do TJD acabou absolvendo o Duque de Caxias. "Por unanimidade, foi rejeitada a queixa do América por não conter os elementos formais, não contendo os pressupostos, sendo inepta, pelos incisos dois e três do Artigo 79, do regulamento do Campeonato Carioca", sentenciou o presidente do TJD da Ferj, Sérgio Carlos Saraiva.

Após a decisão, o presidente do Duque de Caxias, Luiz Carlos Martins Arêas, Pinga, aliviado com o resultado, disse estar satisfeito, pois a justiça foi feita. "Foram restabelecidas a verdade e a justiça. Não tivemos culpa e, logo, não seria justo sermos punidos por algo que não fomos nós que cometemos. Tenho simpatia pelo América, mas acho que não é dessa forma que eles vão resolver os seus problemas. Futebol tem que ser disputado dentro de campo", afirmou.

Não acabou

"Perdemos uma batalha, mas não a guerra". Assim definiu o advogado do América, Mauro Chidid, garantindo que o clube vai recorrer no Pleno do TJD da Ferj e até no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). "Essa derrota já era esperada. Mas aqui não houve o entendimento do mérito. Temos três dias para recorrer no Pleno do TJD para que seja julgado o mérito. Se perdermos, vamos ao STJD, pois não há vitória sem que sejam percorridas todas as instâncias", revelou Chidid.

Nenhum dirigente do América compareceu ao julgamento. Segundo o advogado, Mauro Chidid, a ausência se deveu em razão da reunião, que aconteceu no mesmo dia e hora, do Conselho Administrativo. "Eles estavam numa reunião e por isso não vieram", explicou.