Paulista 0x0 Duque de Caxias

Duque de Caxias se classifica num jogo dramático.



FUTEBOL INTERIOR

O novo erro de planejamento da diretoria do Paulista de Jundiaí acabou castigado com mais uma decepção dentro de campo. Mesmo jogando em casa, no Estádio Jayme Cintra, o Galo da Japi foi incapaz de vencer o Duque de Caxias, neste domingo à tarde. O time jundiaiense acabou eliminado do Grupo 11 do Campeonato Brasileiro da Série C ainda em sua priemira fase. Resta agora tentar entrar na Série D – Quarta Divisão - em 2009. O clube não tem mais atividade profissional neste ano. Uma tristeza.

A eliminação do Paulista serviu ainda para sacramentar que o treinador Luiz Carlos Ferreira continua em um intermivável "inferno astral", já que faz dois anos que só coleciona fracassos.
Na verdade, o Grupo 11 terminou equilibrado, porque houve, em Belo Horizonte, a vitória do América-MG, por 2 a 0, sobre o Serra-ES. No final, o time mineiro terminou como líder, com 11 pontos, seguido por Duque de Caxias e Paulista, com oito pontos cada. O time carioca, porém, leva vantagem no critério de desempate: marcou mais gols que o Paulista – 8 a 6 – e tiveram o mesmo zero de saldo de gols. O Serra terminou com seis pontos.

Resultado justo
O empate sem gols acabou sendo justo porque os dois times não conseguiram finalizar. O Paulista não conseguiu explorar as jogadas pelas laterais, não conseguiu as penetrações e muito menos as finalizações. O Duque de Caxias fez o anti-jogo, ficando atrás para se defender, porque o empate lhe era favorável – desde que o América não perdesse em casa para o Serra.

O folclórico técnico Luiz Carlos Ferreira, contratado às pressas para tentar um milagre, passou de manhã na igreja, mas em campo logo no começo perdeu a paciência. Irritado, deu um chute para o ar e viu seu sapato atingir o massagista do próprio clube. Uma cena hilária.

No primeiro tempo, pela cera técnica, vários jogadores cariocas foram premiados por cartão amarelo. Nem isso, o Paulista soube aproveitar.

Sem reação
No segundo tempo, o Paulista voltou com uma modificação estranha. Saiu o atacante Eraldo para a entrada do lateral Eduardo, com Leandro Diniz sendo adiantado. Não foi, com certeza, a melhor opção de Ferreirão, que chegou a ser vaiado.

O ritmo de jogo não mudou, a ponto de Ferreira tentou logo outras duas mudanças, com as entradas de dois atacantes - Lins e Everton Luis, respectivamente, nos lugares de Anderson, volante, e Eric, lateral. Aos 33 minutos, Marcelo CArdoso, que tinha entrado, foi expulso por forçar a cera. Mesmo com um a mais, o Paulista não chegou ao gol da classificação.

Nessa altura, a vantagem era que o time carioca já demonstrava muito cansaço. Seria o momento do Paulista tentar o tudo ou nada. No total foram apenas 14 finalizações (somente quatro chegaram no gol) do Paulista, mas sem nenhum perigo. Não merecia nada mesmo.

Reforços?
Preocupada com o futuro do time na Série C, a diretoria já estava acertando alguns reforços. Dois nomes apareciam com força: os atacantes Neto Baiano, que rescindiu com o Ipatinga, e Basílio, veterano, que já defendeu Palmeiras, Santos, Marília, Ponte Preta e estava no Itumbiara-GO.

Fica a lição de que o clube precisa repensar vários pontos. Um deles, a influência do "Professor Medina (João Paulo Medina)" com seus métodos discutíveis em termos de resultados e também a falta de critério para se fazer um planejamento sério, sem apelar para milagreiros e ultrapassados como Luiz Carlos Ferreira.

Ficha Técnica

Paulista 0 x 0 Duque de Caxias

Local: Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí-SP
Data: 27/07/08 (domingo)
Renda: R$ 22.220,00
Público: 2.704 espectadores
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio-DF
Cartões amarelos: Eduardo e Éverton Luis (Paulista). Giovani, Tica, Edmilson, Douglas, Cléber e Borges (Duque).
Cartão vermelho: Marcelo Cardoso (Duque de Caxias)

Paulista
Fernando; Eric (Everton Costa), Éverton Luis, Leomar e Johhny; Anderson (Lins), Rodrigo Sá, Leandro Diniz e Márcio Guerreiro; Júlio César e Eraldo (Eduardo).
Técnico: Luiz Carlos Ferreira

Duque de Caxias-RJ
Borges; Douglas Silva (Rodrigo Fernandes), Tica, Edmilson e Douglas; Cléber, Kadu (Marcelo Cardoso), Geovani e André Melo; Dudu e Edvaldo (Robson).
Técnico: Marcelo Buarque

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