Fisioterapeuta inglês faz intercâmbio no Tricolor

Andrew Mitchew, fisioterapeuta do Burnley, time que subiu para Premier League, ficará duas semanas no Rio fazendo observações.

Burnley – Um clube inglês desconhecido por muitos brasileiros, porém, um dos mais tradicionais e com maior torcida da Terra da Rainha, além de ser a atual sensação do país. Natural da cidade de Lancashire – próxima a Manchester – o time conseguiu promoção para a disputadíssima Primeira Divisão Inglesa neste ano e tratou de mandar um de seus profissionais para o Rio de Janeiro, para intercâmbio. Andrew Mithell, 35 anos, que é preparador físico, fisiologista e fisioterapeuta do clube inglês, passará duas semanas observando o trabalho realizado no Duque de Caxias, Tigres e Boavista.

“Pedi à Federação que me desse a oportunidade de viajar para o Brasil, pois admiramos o futebol praticado pelos brasileiros. A FA prontamente me atendeu, já que ela e a CBF têm ótima relação. Aí, logo que acabou o campeonato e conseguimos promoção, a diretoria do Boavista me fez o convite para vir. E as primeiras impressões são as melhores”, afirma Andrew Mitchell que chegou ao Brasil no início da semana.

Para quem achou estranho o acúmulo de funções, Mitchell diz que é algo normal no seu país e oposto do Brasil.

“Ficamos sobrecarregados com tantas coisas para cuidar, mas é tradição inglesa. É normal vermos o mesmo profissional cuidar de todas as áreas de um mesmo tema, como eu, por exemplo, que cuido de toda a parte física do Burnley. Aqui cada um cuida especificamente de uma coisa. É algo que vou levar para meu país”, analisa.

Mitchell fez sua primeira visita ao CT de Los Larios, em Xerém, na manhã desta quarta-feira, onde treinam os atletas que disputam a Série B pelo Duque de Caxias. Impressionado com a estrutura que a parceria entre os times proporcionou, fez questão de tecer elogios não só a quem não entra em campo, mas aos jogadores.

“Temos apenas um sul-americano no elenco, que é o goleiro peruano Diego Penny. Ele é nosso titular, jogou contra o Brasil nas Eliminatórias e nos fez abrir os olhos para os jogadores e profissionais sul-americanos, assim como para os jogadores de origem latina, como portugueses, por exemplo. Tradicionalmente o Burnley contava somente com atletas ingleses”, explica Mitchel que trabalha há cinco anos no clube inglês.

Apesar de o orçamento do time britânico ser considerado baixo – cerca de 50 milhões de libras durante toda a temporada - são cifras bem superiores à realidade brasileira. Mesmo assim, Andrew mostra humildade.

“O importante é a experiência, a paixão e a competência. Ninguém sabe tudo e creio que ambos temos muito para aprender uns com os outros. Essa parceria abre as portas de um clube em ascensão no meu país para clubes do seu país”, finaliza.

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